domingo, 14 de junho de 2009

discussão... pag. 86-88

Durante a padronização do aparelho, cimento de óxido de zinco eugenol, comumente utilizado durante a cimentação de cones de guta-percha, foi utilizado para preenchimento do canal radicular e verificado radiograficamente. Os resultados alcançados foram animadores por ter se verificado o total preenchimento do canal.

O uso de guta percha termoplastificada com auxílio do sistema Obtura não se mostrou viável, porque a guta percha endurecia antes mesmo de atingir o interior do dente, sendo assim abandonada, incialmente, como opção. Porém, estudos posteriores poderão solucionar este problema e permiter uma obturação com este material.

A pasta Lysanda tem sido estudada por alguns autores como um potencial material de obturação de canais radiculares. Os resultados, quanto à sua habilidade de obturar, avaliada pela infiltração de corante azul de metileno, indicaram que o material é capaz de impedir esta infiltração de maneira similar à guta percha em conjunto com cimento endodôntico. Este material compatibilidade biológica. Mais estudos deveriam ser realizados para verificar a possibilidade de seu uso na prática clínica endodôntica (Horta et al., 1992; Horta et al., 1992; Custódio et al., 1996; Dutra et al., 1997).

Neste etudo optamos por utilizar pasta Lysanda porque ela se prestou, quanto à fluidez, em preencher e obturar os canais radiculares de dentes não modelados.

A utilização de pasta Lysanda se mostrou de fácil aplicação. A pasta, após manipulada, antes de perder a pegajosidade e fluidez, é inserida em uma seringa descartável e com auxílio do êmbolo levada até a extremidade da seringa. O ar é todo removido e a seringa ligada ao conector. O vácuo estabelecido remove todo o ar do SCR, deixando-o com pressão interna reduzida, e a pasta, ao ser liberada e condensada, ocupa o espaço vazio obturando-o.

a infiltração marginal apical pode ser medida por meio de diversas metodologias. Pode-se pesquisar a penetração de bactérias vivas, radioisótopos, sais e corantes. Dentre os corantes, solução de azul de metileno foi escolhido porque apresenta uma molécula de tamanho pequeno o que facilita sua penetração. Por outro lado, o corante com pH neutro foi escolhido porque em pH ácido o mesmo pode infiltrar exageradamente e se perder a sensibilidade do ensaio. O período de sete dias foi utilizado por representar um tempo suficiente para a penetração do corante (Fróes, 1997; Camargo & Sinhoreti, 2001).

Silva, Tanomaru & Tanomaru Filho (2001) relataram que o azul de metileno a 2% e o método de fratura longitudinal foram respectivamente o corante e a metodologia que melhor permitiram avaliar a capacidade de selamento apical.

Os controles cobertos com esmalte de unha não apresntaram penetração de corante, indicando que este material impede a penetração (Torabinejad, Kahn & Bankes, 1984).

O controle negativo foi realizado com objetivo de testar a eficiência de cobertura da superfície radicular no impedimento à penetração do corante através das paredes da raiz. O cemento intacto da superfície radicular fornece uma barreira completa ao corante azul de metileno, mas na presença de pequena fraturas ou ausência de cemento, pode haver penetração se a superfície radicular não for coberta (Splandling & Senia, 1982).

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